Sergipe acaba de ganhar dois novos patrimônios culturais. O antigo Engenho Camaçari, em Itaporanga d’Ajuda, e o Grupo Folclórico Batalhão de Bacamarteiros de Aguada, de Carmópolis.
Os dois pedidos encaminhados ao Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), foram aprovados pelo Conselho Estadual e Cultura (CEC) no final de julho e inscritos no Livro de Tombo na última quarta-feira (24/08).
Sobre a fazenda
Funcionou o antigo Engenho Camaçari. O local remete ao período colonial, de formação territorial e cultural do Estado, compondo ainda a rede de propriedades voltadas para a produção açucareira do Nordeste, preservando tradições, usos e costumes de várias gerações. Nomes da nobiliarquia e da política sergipana, do período imperial ao republicano, estão ligados a propriedade. A Casa da Sede é uma edificação que ao longo dos anos passou por reformas, se caracteriza como construção da primeira metade do século XX, modelo de residência da fazenda destinada à criação de gado. Já a Capela, que está localizada em um ponto elevado da propriedade se destacando na paisagem, é a edificação mais antiga do conjunto, e sua construção remete ao século XVIII.
Sobre o Grupo Folclórico Batalhão de Bacamarteiros
O Batalhão de Bacamarteiros é a maior manifestação cultural do município de Carmópolis e uma das principais expressões culturais de Sergipe. Até hoje, todos os instrumentos musicais, os bacamartes e a pólvora são fabricados pelo próprio grupo. Para a confecção dos instrumentos musicais é usada á medeia do jenipapo, árvore frutífera da região, couro de animais e sementes. O Batalhão de Bacamarteiros do Povoado Aguada é a prova viva da herança africana deixada na região do Vale da Cotinguiba, com dança e música inconfundíveis.