Em 2016, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) denunciou a prática de superfaturamento no contrato firmado com a Torre Empreendimento, empresa de coleta de lixo.
De acordo com a denúncia da Emsurb, o contrato saltou do valor inicial de cerca de R$ 50,2 milhões para quase R$ 106 milhões para o primeiro lote e de mais de R$ 37 milhões para quase R$ 99,3 milhões para o segundo lote. A denúncia foi enviada para o Ministério Público Estadual.
Ainda segundo a denúncia, a Torre fez jogo de planilhas para garantir o contrato com a Prefeitura de Aracaju, para posteriormente alterar o valor unitário alterando também o quantitativo de determinados itens. O reajuste que poderia ser aplicado seria no limite legal de 25%, mas o percentual chegou aos 112% para o primeiro lote e de 70% para o segundo lote. A Emsurb solicitou investigação e pediu que a Torre ficasse impossibilitada de contratar com o poder público e a suspensão dos pagamentos referentes aos contratos 12 e 13 de 2010.
Em 2017, a Torre foi a ganhadora do processo emergêncial de 180 dias. No dia 06 de março voltou a operar em Aracaju, com um contrato de R$ 42 milhões, quase R$ 10 milhões a mais do que o contrato com a Cavo. A Justiça determinou a prorrogação por mais 70 dias do contrato da Cavo até uma nova licitação. Com a decisão da Justiça, a Torre suspendeu a coleta. Ambas as empresas estavam realizando a coleta em Aracaju.
A Polícia Civil, através do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) cumpriu na última terça-feira (21/03), 13 mandados de busca e apreensão na Emsurb, Torre e Sindilimp. A ‘Operação Babel’ tem como objetivo apurar possíveis irregularidades na contratação de empresa para a coleta de lixo em Aracaju (SE). A investigação foi iniciada em 2016 após denúncia da Cavo.