Aracaju é a 12ª cidade mais violenta do mundo, de acordo com o levantamento da ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal. O Brasil foi o país com o maior número de cidades entre as 50 mais violentas do mundo em 2016.
Das 50 cidades da lista, 19 estão no Brasil, 8 no México, 7 na Venezuela, 4 nos Estados Unidos, 4 na Colômbia, 3 na África do Sul, 2 em Honduras, 1 em El Salvador, 1 na Guatemala e 1 na Jamaica.
A lista da ONG é baseada no número de homicídios por 100 mil habitantes e analisa municípios com mais de 300 mil habitantes.
- Caracas (Venezuela) – 130,35 homicídios/100 mil habitantes
- Acapulco (México) – 113,24
- San Pedro Sula (Honduras) – 112,09
- Distrito Central (Honduras) – 85,09
- Victoria (México) – 84,67
- Maturín (Venezuela) – 84,21
- San Salvador (El Salvador) – 83,39
- Ciudad Guayana (Venezuela) – 82,84
- Valencia (Venezuela) – 72,02
- Natal (Brasil) – 69,56
- Belém (Brasil) – 67,41
- Aracaju (Brasil) – 62,76
- Cape Town (África do Sul) – 60,77
- St. Louis (EUA) – 60,37
- Feira de Santana (Brasil) – 60,23
- Vitória da Conquista (Brasil) – 60,10
- Barquisimeto (Venezuela) – 59,38
- Cumaná (Venezuela) – 59,31
- Campos dos Goytacazes (Brasil) – 56,45
- Salvador e RMS (Brasil) – 54,71
- Cali (Colômbia) – 54,00
- Tijuana (México) – 53,06
- Guatemala (Guatemala) – 52,73
- Culiacán (México) – 51,81
- Maceió (Brasil) – 51,78
- Baltimore (EUA) – 51,14
- Mazatlán (México) – 48,75
- Recife (Brasil) – 47,89
- João Pessoa (Brasil) – 47,57
- Gran Barcelona (Venezuela) – 46,86
- Palmira (Colômbia) – 46,30
- Kingston (Jamaica) – 45,43
- São Luís (Brasil) – 45,41
- New Orleans (EUA) – 45,17
- Fortaleza (Brasil) – 44,98
- Detroit (EUA) – 44,60
- Juárez (México) – 43,63
- Teresina (Brasil) – 42,84
- Cuiabá (Brasil) – 42,61
- Chihuahua (México) – 42,02
- Obregón (México) – 40,95
- Goiânia e Aparecida de Goiânia (Brasil) – 39,48
- Nelson Mandela Bay (África do Sul) – 39,19
- Armenia (Colômbia) – 38,54
- Macapá (Brasil) – 38,45
- Manaus (Brasil) – 38,25
- Vitória (Brasil) – 37,54
- Cúcuta (Colômbia) – 37,00
- Curitiba (Brasil) – 34,92
- Durban (África do Sul) – 34,43
Nota da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE)
A Secretaria da Segurança Pública de Sergipe vem, por meio desta nota, esclarecer sobre a pesquisa desenvolvida pelo Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública Y Justicia Penal A.C., organização não governamental mexicana, que divulgou na última quarta-feira, 05, uma série de equívocos constantes no material denominado “As 50 cidades mais violentas do mundo”. O “estudo” indica Aracaju como a 12ª cidade mais violenta do mundo.
Apesar do reconhecido trabalho social desenvolvido pela instituição no México, nota-se que em relação a essa publicação houve falhas graves no tocante aos números apresentados:
1 – Os registros apontados na frágil pesquisa como sendo de Aracaju, na realidade somam números de homicídios registrados em mais três municípios: Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Isso demonstra que a ONG sequer compreende a diferença entre a capital sergipana e a região metropolitana de Aracaju;
2 – Os dados, segundo a instituição, têm como espaço temporal de pesquisa o ano de 2016, porém todos os números ocorridos por morte violenta trazidos à luz da pesquisa correspondem aos anos de 2015 e até o de 2014. Ou seja, a ONG sequer conseguiu delimitar metodologicamente o período da pesquisa apresentada;
3 – Os números de homicídios não possuem origem comum, tendo como fonte de pesquisa portais de notícias aleatórios, oscilando entre fontes oficiais nacionais e sites de notícias local. Entretanto, a ONG não entrou em contato com a principal fonte dos dados apresentados, que seria a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe;
4 – A ONG aponta equivocadamente que o site da SSP/SE está constantemente fora do ar, demonstrando a tentativa de desqualificar o trabalho da instituição. Nota-se que “os pesquisadores” sequer buscaram outras ferramentas de comunicação para entrar em contato com a SSP/SE.
A SSP/SE não utiliza a prerrogativa de buscar subterfúgios para maquiar dados sobre os crimes que ocorrem no estado. Ao contrário, os gestores analisam os dados em encontros semanais que cruzam as informações disponibilizadas pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp), delegacias e Instituto Médico Legal para que, por meio da análise das manchas criminais, seja possível elaborar estratégias de segurança pública para Sergipe.
Como resultado do trabalho incessante produzido por todos que fazem a segurança pública, no primeiro trimestre de 2017 já houve uma redução em torno de 19,8% sobre os homicídios ocorridos em Sergipe. Comparando-se os 275 homicídios deste ano, com as 343 mortes violentas em 2016, número ainda mais abaixo dos 329 em 2015. Ou seja, o trabalho vem sendo feito de forma gradual, porque é pautado no compromisso com a população sergipana.
Foram investidos nos últimos dois anos mais de R$24 milhões na radiocomunicação digital, que possibilita uma maior segurança na troca de informação entre as instituições, com maior qualidade e rapidez no atendimento à população, em resposta imediata às ocorrências. Além disso, foram convocados mais de 1.300 policiais militares, que já atuam diretamente no policiamento ostensivo/repressivo, após concurso realizado no ano de 2014.
No tocante à Polícia Judiciária, que tem como atribuição atuar nas investigações policiais, o efetivo também foi ampliado em um concurso que já convocou todos os 53 escrivães aprovados e continua a convocar os agentes. No total, até a presente data, 221 policiais civis já foram convocados para somar esforços no combate à criminalidade.
A Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) tem sido estruturada e foi realizado o primeiro concurso da história do estado de Sergipe para a composição do quadro. Os institutos que formam a Cogerp – Identificação, Médico Legal, Criminalística e Análise Criminal e Pesquisa Forense – , tem se somado aos trabalhos da Polícia Civil para identificação de criminosos e elaboração de provas periciais consistentes para os devidos encaminhamentos ao Judiciário sergipano.
Por fim, a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe está à disposição da Consejo Ciudadano para la Seguridad Pública Y Justicia Penal A.C. e de qualquer outra entidade do Terceiro Setor nacional ou internacional no sentido de divulgar dados reais que demonstrem as ações desenvolvidas diariamente na busca pela redução dos índices de criminalidade no estado.