O consumidor mal respirou e o preço da gasolina voltou a subir. Foram apenas seis dias sem reajuste, até que na semana passada a Petrobras anunciou novo aumento de 3,5% no preço do combustível vendido nas refinarias. O impacto foi sentido automaticamente pelos consumidores nos postos, pois o preço final subiu de R$ 4,49 para R$ 4,59 em alguns estabelecimentos em Aracaju, e em outros chegando até R$ 4,69.
Com a alta, o preço por litro passou para R$ 2,045 em relação ao preço médio anterior, sendo o maior valor desde outubro de 2018, segundo dados publicados anteriormente pela Petrobras.
Desde janeiro, de acordo com o Sindicato dos Postos de Combustíveis de Sergipe (Sindpese), a gasolina está em seu 27º aumento este ano. Nos primeiros 15 dias do mês de janeiro de 2019 o preço do combustível se manteve entre R$ 1,4676 nas refinarias. No entanto, no dia 17 de janeiro a Petrobras anunciou um novo aumento, subindo para R$ 1,499. Em seguida, no dia 19 do mesmo mês o preço cresceu ainda mais para uma média de R$ 1,5308.
No dia 30 de janeiro houve a primeira queda do mês, com redução do preço do combustível vendido nas refinarias para R$ 1,4907. Caiu ainda mais no dia 5 de fevereiro para R$ 1,409. No entanto, após essa data, o valor passou a subir consideravelmente: em março já estava custando de R$ 1,7287 o preço médio do combustível. Em 4 de abril saltou para R$ 1,9354. Após 18 dias sem reajuste, o valor voltou a subir no dia 23/04, quando a Petrobras anunciou novo aumento, elevando o preço médio para R$ 1,975. Seis dias depois, o preço foi reajustado para R$ 2,045. Ao todo, de janeiro até hoje, o preço do combustível nas refinarias da estatal acumula alta de 35,5%.
A gasolina vendida pela Petrobras representa 32% do preço final do combustível. Nos postos da capital aracajuana, antes do aumento o consumidor encontrava o preço médio do litro da gasolina comum a R$ 4,49. Após o reajuste, os preços subiram entre R$ 4,52 e R$ 4,69.
Ainda conforme o Sindpese, o etanol também passou por reajuste recentemente, com acréscimo de 5%, bem como o Diesel subiu em 2,73% e o GNV em 1,37%. Segundo o sindicato, os revendedores estão sofrendo os impactos dos aumentos constantes.
“Os reajustes dos combustíveis por parte da Petrobras impactam diretamente a vida do revendedor. Se o insumo aumenta, o custo de venda do combustível promove um efeito cascata e quem sofre por último é o consumidor, que paga por um combustível mais caro na bomba”, explica o Sindpese.
Contudo, o sindicato informa também que os revendedores não discutem políticas de preços. “Ressaltamos que o mercado é livre e que cada um trabalha conforme sua estrutura de custo e estoque”, conclui.
Fonte: Jornal da Cidade