Com mais de cinco décadas atuando no direito penal, o jurista Evaldo Campos é considerado um dos mais preparados do segmento.
Nesta segunda-feira, 17 de junho, Dr. Evaldo, que também é professor universitário, concedeu entrevista ao Jornal da Xodó e expôs aos âncoras Eduardo Carvalho e Welder Ban, que o país insiste em dividir-se em esquerda e direita, embora na sua opinião, tal segmentação, não seja real, mas ideológica e oportunista. “Estamos envenenados pelo ódio e insistem em dividir o país em direita e esquerda para justificar a coisas, sobretudo no que se refere à Operação Lava Jato, mas não conheço um partido sequer que não tenha membros envolvidos em casos de corrupção”, comentou.
Ainda com relação a operação de âmbito nacional, Dr. Evaldo fez questão de desassociar a ideia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político. “Lula é um deus satânico que esqueceu a sua fala e mente. Aliás ele só lembra o que lhe convém. Lula é um político que foi preso por ser responsável pela nomeação de corruptos. Dizem que os procuradores têm lado, mas lembro que o ex-juiz Sérgio Moro absolveu 54 réus. Como a operação é, então, politizada? Nenhum recurso apresentado pela defesa de Lula foi aceito, será que todos os que analisaram as peças são do partido de Bolsonaro como insistem em dizer?”, questionou.
Ao comentar a polêmica em torno da divulgação de mensagens envolvendo o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, Evaldo Campos relatou que a lei quer imparcialidade, mas não a neutralidade dos magistrados. “Nunca em nossa cultura, um juiz conseguiu manter-se alheio às ebulições sociais. A lei quer imparcialidade, mas não cobra neutralidade. Como pode Gilmar Mendes, que manteve conversas com o bandido Aécio Neves, vir criticar Moro?”perguntou.
Informações Daniel Villas-Bôas/Redação Xodó News