A Petrobras não tem boias absorventes para a contenção das manchas de óleo no litoral sergipano, nem previsão de quando elas estarão disponíveis, segundo informou o diretor-presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Gilvan Dias, na manhã desta quinta-feira (10). O Governo de Sergipe, que decretou situação de emergência há cinco dias, tenta a compra dos equipamentos, no valor de R$ 100 mil.
“As informações que nos passaram é que nesse primeiro momento eles não têm, por causa da situação em todo o Nordeste. Conversei pessoalmente com o responsável da Petrobras ontem e eles tinham dificuldade com as boias nesse momento. Isso não quer dizer que eles não possam adquirir, mas o estado não vai ficar aguardando. É uma questão de preservação”, disse Gilvan Dias.
Em nota, a Petrobras se manifestou dizendo que “atua na tarefa de limpeza das praias sob coordenação do Ibama. Portanto, a estratégia de atuação provém deste órgão”. Questionada sobre a responsabilidade das boias e se há falta para outros estados do Nordeste, a Petrobras não quis se manifestar. O G1 também entrou em contato com o Ibama para falar sobre o assunto, mas não obteve resposta.
Na noite da quarta-feira (9), a Adema informou que o processo de negociação de 200 metros das boias está acontecendo e, nesta quinta-feira, deve haver uma reunião com o secretário de Meio Ambiente e o Governo do estado para fechar a compra com uma empresa do Espírito Santo. A decisão foi tomada após o material, que teria 300 metros e viria dos estados de Pernambuco e Maranhão, em uma ação conjunta dos governos Federal e Estadual, além da Petrobras, não chegar a Sergipe.
As boias serão colocadas no Rio Vaza Barris e terão a função de conter as manchas de avançar para outros rios, a exemplo do Real e do Jacareí, que têm suas águas utilizadas para consumo humano. Segundo Gilvan Dias, ainda não há a possibilidade das manchas afetarem o abastecimento de água em Sergipe.
G1 Sergipe