A crise causada pelo coronavírus afetou a todos. Até os bancos, uma das instituições mais ricas do Brasil. Nenhum conseguiu driblar os impactos causados pela doença. Bancos de varejo, investment banking e até o corporate banking. Neste momento de dificuldade, muitas pessoas vão pedir ajuda aos bancos para tentar ajustar a vida financeira e não se complicar com os carnês.
Durante o mês de fevereiro, momento que o coronavírus ainda era especulação no país e não havia casos confirmados ainda, a taxa média do empréstimo pessoal teve queda de 0,12 ponto percentual, segundo pesquisa feita pelo Procon nos grandes bancos de São Paulo. A taxa média de Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander foi de 6,05% a.m..
Com a chegada do coronavírus no país, inúmeros estados implementando a quarentena e o comércio praticamente parando de funcionar, a taxa teve uma leve alta durante o mês de março: 6,11% a.m.. Um aumento de 0,06 ponto percentual.
O banco que apresenta a maior taxa de empréstimo pessoal, segundo a pesquisa do Procon, é o Santander, que chega a 7,89% a.m., um valor bem acima da média (1,78 ponto percentual). Já o menor fica por conta da Caixa Econômica Federal, que possui uma taxa de 5,5% a.m. (0,61 ponto percentual abaixo da média).
Mesmo com o leve aumento durante o terceiro mês do ano, a tendência é de queda nos últimos anos. Em pesquisas feitas pelo Procon, a taxa média do empréstimo pessoal em 2018 foi de 6,27% a.m. A taxa em 2019 caiu um pouquinho em 2019 e marcou 6,24% a.m. em dezembro do ano passado. Essa variação foi pequena, um padrão que não foi seguido neste ano.
Para ficar ainda mais explícita a queda na taxa de empréstimo pessoal, pegue os números de um mesmo período do ano. Em fevereiro de 2019, o Procon apontou que a taxa média de empréstimo pessoal dos bancos era de 6,28% a.m.. Um ano depois, essa taxa teve uma queda de 0,23 ponto percentual.
Se ficou mais barato fazer empréstimo, como sugere o título do artigo, a resposta é sim. As taxas de empréstimos pessoais estão sofrendo quedas nos últimos meses. Isso significa que quem os juros são menores por parte do consumidor que vai ao banco e pega dinheiro emprestado.
O valor não é grande, e para alguns ele não faz muita diferença. Mas é interessante considerar a queda. Já é algo que tem acontecido nos últimos anos, e com o coronavírus, pode ser que os bancos oferecerão mais facilidades aos clientes. Isso porque muitas pessoas perderam o emprego por conta da quarentena. A tendência é que muitos trabalhadores entrem com um pedido para poder pagar contas e sustentar suas família.
Uma das áreas mais afetadas foi a indústria do turismo. A LATAM, por exemplo, entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, e esses efeitos podem chegar no Brasil. Isso sem falar da rede de hotelarias e agências de viagem, que simplesmente pararam de arrecadar.
Em algumas semanas, o comércio deve ser retomado em algumas capitais do Brasil. Mesmo que aos poucos, essa é uma tendência. Será necessário ficar ligado nas taxas que os bancos irão oferecer para as pessoas que estarão tentando se reerguer depois da pancada que o coronavírus deu na economia da maior parte do brasileiro.