Uma investigação que resultou no indiciamento de 14 pessoas. A Operação Babel, detalhada em 2017, pela equipe de delegados competentes: Danielle Garcia, Gabriel Nogueira e Nádia Flausino, do Departamento de Repressão contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap), constatou superfaturamento no contrato realizado entre a prefeitura e a Torre Empreendimentos, empresa responsável pela coleta de lixo em Aracaju.
De acordo com os investigadores, houve a adulteração das pesagens do lixo coletado pela empresa, principalmente na pesagem de resíduos orgânicos, superfaturando os valores a serem pagos. “O entulho coletado estava sendo pago como lixo domiciliar, e a remuneração entre esses resíduos sólidos é bastante diferente. Ficou então constatado no inquérito que havia uma remuneração diferenciada e o favorecimento por parte da empresa.”
O contrato foi firmado em um determinado patamar, em R$ 50 milhões, para o prazo de 60 meses. Em 2 meses, o contrato foi majorado, repactuado e reajustado, chegando ao valor de R$ 105 milhões para o intervalo de 60 meses.
O proprietário da Torre, José Antônio Torres Neto, chegou a ser preso por fraude processual (majorada). “Ele acabou apagando todos os dados do celular que havia sido solicitado judicialmente, com o fim de atrapalhar as investigações, tendo ainda escondido um segundo aparelho em uma lixeira no momento da prisão”, ressaltou o delegado Gabriel Nogueira.
Em 2018
A empresa Torre ganha três lotes da licitação do lixo realizada pela Prefeitura de Aracaju, ficando responsável pela coleta de lixo.