A pandemia causada pela chegada do novo coronavírus (Covid-19) impactou a vida de cada pessoa de uma forma diferente. Apesar de ser impossível unificar o que cada indivíduo passou durante esse tempo, é possível afirmar: todo mundo sofreu algum tipo de impacto na área financeira, seja com a redução de salário, seja com o aumento dos gastos.
Agora que a situação se acalmou de certa forma, muita gente que conseguiu recuperar um pouco do fôlego começou a pensar sobre formas de se proteger economicamente de futuras crises tão impactantes quanto essa. Assim, de maneira geral, os fundos de previdência privada vêm sendo bastante considerados como uma alternativa para garantir um futuro tranquilo e sem sustos.
Dessa forma, o interesse em conhecer mais sobre previdência privada e, consequentemente, o número de investidores nesse tipo de aplicação tem aumentado bastante. Se você também tem interesse em investir na previdência privada, mas ainda tem alguma dúvida, acompanhe o nosso artigo. Nele, responderemos as principais questões sobre esse investimento. Boa leitura!
Substituto da poupança
Já faz alguns anos que a poupança deixou de ser o investimento mais rentável para os brasileiros. Apesar de ser o mais popular entre os cidadãos e relativamente fácil de ser entendido e manuseado, não é mais possível considerá-lo como uma fonte de investimento rentável.
Muita gente não tem interesse em mudar de investimento, entretanto, investir na previdência privada é uma opção melhor do que a poupança, não só pelo melhor rendimento como também pela maior segurança frente a variações de taxas, como a Selic, por exemplo.
Aposentadoria complementar
Certamente, os planos de previdência privada são bastante conhecidos por servirem como uma alternativa de complementação da aposentadoria garantida pelo estado através do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Devido às recentes mudanças ocorridas com a reforma da previdência, se aposentar pelo sistema público ficou mais difícil e os aposentados passaram a receber menos em alguns casos.
Assim, é esperada uma certa popularização nos próximos anos dos planos de previdência privada entre a população economicamente ativa do país. Isso deve ocorrer porque esse tipo de aplicação é a melhor opção para quem quer complementar a renda obtida a partir da aposentadoria pelo INSS.
Possibilidades além da aposentadoria
Diferente do que muitos podem imaginar, os rendimentos obtidos a partir da previdência privada não são de uso exclusivo da aposentadoria. Esse investimento surgiu com esse objetivo e, por isso, o nome se manteve, entretanto, hoje em dia já é possível usá-lo de diversas formas. O único pré-requisito necessário para fazer uso do montante adquirido através dos planos de previdência privada é ter um objetivo bem estabelecido. Esse pode ser tanto garantir uma boa aposentadoria para si mesmo, comprar uma casa ou até mesmo pagar a faculdade dos filhos. Um bom pensamento para se ter em mente é que quanto mais tempo você realizar aportes, melhores serão seus rendimentos na hora do resgate. Entretanto, isso não é um impedimento caso você tenha planos de acumular capital para um objetivo de curto ou médio prazo – quem decide o tempo de contribuição é você!
Tipos de previdência
Atualmente existem no Brasil dois tipos de previdência, a aberta e a fechada. Ambas as opções apresentam diferenças significativas que devem ser levadas em consideração na hora da escolha.
Mas, apesar disso, ambas possuem duas etapas imprescindíveis nesse tipo de investimento: acumulação e resgate. Em um primeiro momento, o investidor realiza aportes e capitaliza o dinheiro. Já no segundo momento, ele decide como resgatar o montante e complementar sua renda. Confira a seguir como funciona cada tipo de previdência.
Previdência aberta
A previdência privada aberta também pode ser chamada de individual e está disponível para qualquer pessoa que deseja obter um plano de aposentadoria complementar aquele do oferecido pelo INSS.
Para investir nesse plano é necessário negociar com instituições financeiras que ofereçam esse serviço, tais como bancos, seguradoras e gestoras independentes de fundos de previdência. Assim, qualquer um que tenha vontade de investir em um plano de previdência privada pode fazê-lo, basta contratar um e aplicar nele ao longo dos anos pré-estabelecidos na hora do contrato.
Como o objetivo é muito variável, visto que o padrão de vida entre as pessoas é diferente, o tempo de duração dos aportes também varia de acordo com cada investidor. Dessa forma, nesse tipo de previdência não existe uma frequência obrigatória de aportes, o que significa que cada um pode colocar o quanto quiser na frequência que preferir.
De maneira geral, o investidor contrata um plano de previdência privada a partir de uma instituição financeira e inicia os aportes, em seguida, o dinheiro é destinado a um fundo onde renderá juros a longo prazo.
Previdência fechada
Por outro lado, na previdência complementar fechada ou fundo de pensão, os empregados e empregadores de uma empresa realizam aportes em um fundo de investimentos fechado, previamente determinado pela companhia.
Esse fundo é restrito apenas aos funcionários e o dinheiro nele investido é capitalizado, rendendo ao longo dos anos. Dessa forma, é possível perceber que a previdência privada é um investimento bem mais versátil do que o imaginário comum acredita. Essa aplicação vai muito além de garantir uma boa aposentadoria podendo se moldar a outros objetivos pessoais que possam surgir. Acho que essa chamadinha ficou interessante, se não gostar, me avise que eu a retiro.