A Polícia Militar de Sergipe, por meio do Gabinete de Gerenciamento de Conflitos e Crises (GGCC) realizou a solenidade de formatura do ‘I Curso de Negociação Policial em Crises’. O curso teve como objetivo habilitar policiais a desempenhar a função de negociador policial em ocorrências de crise, seguindo os preceitos doutrinários, técnicos e táticos de negociação, visando à preservação das vidas, o cumprimento da lei e o respeito aos direitos e garantias fundamentais da sociedade. A solenidade de formatura aconteceu nesta sexta-feira, 7.
Nesta turma, foram formados 24 novos negociadores. Entre os formandos estavam 15 policiais militares de Sergipe, dois policiais militares de Alagoas, dois do Tocantins, uma policial militar de Goiás, um policial militar do Rio Grande do Norte, dois policiais civis e um policial penal de Sergipe, todos capacitados para desempenharem a alternativa tática da negociação em uma equipe especializada.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexsandro Ribeiro, destacou a importância da mais nova capacitação. “A formação desses negociadores é um passo significativo para a modernização de nossas práticas e para garantir a segurança e proteção da nossa população, pois o fator mais decisivo para o sucesso da nossa corporação é o investimento que efetuamos em nossos agentes de segurança pública”, ressaltou.
O chefe da Agência Central de Inteligência da Polícia Militar de Sergipe, coronel Wembley Góis Tobias, fez questão de registrar elogios à coordenadora do curso, capitã Belisa França. “Após a formação da capitã Belisa na Polícia Militar do Paraná, onde a oficial conquistou com muito mérito a primeira colocação no Curso de Negociação, ela se empenhou exemplarmente na missão de coordenar o nosso I Curso de Negociação Policial. Então, a competência da capitã, que também comanda brilhantemente o Gabinete de Gestão de Crises e Conflitos da PMSE (GGCC), nos proporcionou muita tranquilidade para finalizarmos essa capacitação que resultará no salvamento de inúmeras vidas, porque somos uma Instituição responsável por preservar vidas, acima de tudo”, reconheceu.
Conforme a capitã Belisa França, o curso foi idealizado diante da necessidade de aprimoramento da doutrina de negociação policial em ocorrências de crises e da complexidade das relações entre Polícia Militar e coletividade. “No que tange à preservação e manutenção da ordem pública, a corporação identificou a necessidade de realização do curso em consonância com os direitos humanos e o exercício pleno da cidadania pela sociedade”, enfatizou.
O curso também objetivou capacitar os servidores para atuação e composição de equipes para negociação. “Utilizando a ferramenta do diálogo e todos os recursos que envolvem a comunicação na busca pela construção de soluções pacíficas em eventos críticos, em ocorrências com refém e com pessoas com algum transtorno psicológico. Sergipe está no mapa da negociação, pois são poucos os estados que conseguem proporcionar um curso como este”, complementou a capitã Belisa França.
Curso
Esta edição do I Curso de Negociação Policial em Crises abrangeu uma turma de 15 policiais militares e cinco servidores de outras forças de segurança pública. Para os militares, a formação foi destinada prioritariamente lotados na Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe). O curso teve 220h de aulas e foi ministrado no período entre 13 de maio e 7 de junho de 2024.
A formação foi composta por instruções relativas às disciplinas de ‘Doutrina de Gerenciamento de Crises’, ‘Psicologia aplicada à Negociação’, ‘Gestão de Estresse’, ‘Direitos Humanos e Negociação’, ‘Comunicação aplicada à Negociação’, ‘Oratória, Expressão e Linguagem Corporal’, ‘Primeira Intervenção em Crises’, ‘Programação Neurolinguística’, ‘Histórico da Negociação’ e ‘Técnicas e Táticas da Negociação’.
Também foram ministradas instruções acerca de ‘Negociações com Presos Rebelados’, ‘Negociação com Suicidas’, ‘Terrorismo e Agressor Ativo’, ‘Gestão de Conflitos’, ‘Inteligência aplicada à Negociação’, ‘Composição, Equipamentos e Logística’, ‘Técnicas não Letais’, ‘Invasão Tática’, ‘Tiro de Comprometimento’ e ‘Crises localizadas com Artefato Explosivo’.