Aracaju (SE) – A eleição municipal de Aracaju segue para o segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro, com os candidatos Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT) disputando a prefeitura. No primeiro turno, realizado neste domingo (6), Emília Corrêa liderou a votação com 126.365 votos, o que corresponde a 41,62% dos votos válidos. Já Luiz Roberto ficou em segundo lugar com 72.427 votos (23,86%).
A disputa entre os dois candidatos promete ser acirrada, com ambos buscando ampliar alianças e atrair o apoio dos eleitores dos candidatos eliminados. Emília Corrêa, que foi uma das favoritas durante toda a campanha, baseou suas propostas em temas como transparência, combate à corrupção e melhorias na segurança pública, além de ter uma forte presença nas redes sociais, onde se conectou diretamente com o eleitorado.
Luiz Roberto, por sua vez, enfatizou propostas voltadas para a saúde e o desenvolvimento econômico, especialmente após o impacto da pandemia, buscando se consolidar como uma alternativa viável para a administração de Aracaju. Ele tem adotado um discurso de renovação, tentando se aproximar de eleitores insatisfeitos com a atual gestão.
Candidatos eliminados e cenário político
Com o fim do primeiro turno, Yandra Moura (União Brasil) encerrou a disputa com 43.932 votos (14,47%), ficando em terceiro lugar, o que a coloca como peça-chave para o segundo turno, já que seus eleitores serão disputados por ambos os finalistas. Candisse Carvalho (PT) obteve 28.049 votos (9,24%) e também pode ter um papel decisivo no segundo turno, considerando seu forte eleitorado nas zonas mais populares da capital.
Outros candidatos que não avançaram incluem Danielle Garcia (MDB), com 16.769 votos (5,52%), Niully Campos (PSOL), que conquistou 14.408 votos (4,75%), e Zé Paulo (Novo), com 1.569 votos (0,52%). O candidato Felipe Vilanova (PCO) teve apenas 84 votos (0,03%).
Segundo turno e possíveis alianças
Com a chegada do segundo turno, tanto Emília Corrêa quanto Luiz Roberto devem intensificar as articulações em busca de apoio dos candidatos que ficaram de fora da disputa. Yandra Moura, com um expressivo terceiro lugar, pode ser um ponto de convergência, assim como Candisse Carvalho, cujo eleitorado tem inclinações mais progressistas, podendo pender para Luiz Roberto, que representa o centro-esquerda.
Para Emília Corrêa, a missão é manter o eleitorado fiel que a colocou na liderança do primeiro turno e buscar atrair os indecisos e eleitores de Yandra Moura e Danielle Garcia, que possuem perfis mais conservadores e poderiam se alinhar às suas propostas.
Já Luiz Roberto enfrenta o desafio de ampliar sua base de apoio e convencer os eleitores de que é a melhor opção para administrar Aracaju. Seu discurso de mudança e a tentativa de se distanciar da polarização política podem atrair eleitores que buscam uma alternativa moderada.